Barco de papel
>> terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Navega num sonho de medos reais.
Frágil, leve e lento, sabe que é certo o naufrágio...
Rendido pelo feroz sentimento, espreita o vento que sopra cinzento nas altas ondas do mar...
Mas ele queria experimentar o sabor das águas, o doce leito das ondas tempestuosas.
Num medo corajoso, o pequeno barco de papel, entrega-se a um mar que sente como seu, um mar onde permanece num escasso tempo mortal...
Consumido lentamente na água que prova, torna-se mar...
Ser navegado ao navegar...
Agora sem medos, viaja em si onde pertence e permanece... Conhece todas as margens, todos os céus, onde no medo acordou a coragem